quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Acabou de sair do "forno": Conexão JA jan./2010

Acabou de ser impressa a revista Conexão JA do primeiro trimestre de 2010. Confira abaixo os destaques desta edição e faça já a sua assinatura por apenas R$ 17,40.

Matéria de capa: Você à venda - O consumismo é um mal que afeta todas as áreas da vida, inclusive a espiritual

Artigo: Como Dan Brown perdeu a fé - A história de um dos mais conhecidos escritores da atualidade é um alerta para os líderes cristãos

Artigo: Até que a sogra os separe - Entenda as razões dos conflitos e saiba o que fazer para melhorar essa relação

Pode crer - Começar bem no namoro aumenta as chances de um casamento feliz

Expressão - Três conversos da Igreja Adventista Nova Semente revelam como foram levados a Jesus e o que pensam os pós-modernos

Link - Os dez mandamentos do internauta cristão

Mercado de Trabalho - Tema polêmico: o profissional de saúde e a guarda do sábado

Portal - Dica para o seu Acamp 2010

Na Cabeceira - Aproveite as férias para conferir nossas dicas de leitura e um documentário

Bem Contado - A história de um filho pródigo moderno

Adrenalina - Nossa repórter entrou no carro do piloto recordista e experimentou suas manobras radicais

Raio X - Para ter certeza, às vezes é preciso duvidar

Dúvida Cruel - “Ficar” ou não?

Saúde e Beleza - O perigo de exagerar no consumo dos isotônicos

Aconteceu Comigo - O garoto que foi salvo por um papel amassado

Conexão Direta - Experimente a segurança da intimidade com Deus

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Sexo. Por que não?

Como quase toda jovem cristã, ela era muito romântica e sonhava conhecer a pessoa ideal com quem se casar. Encontrou o “príncipe” e o namoro começou. Só que, com o tempo e a intimidade, os limites que haviam estabelecido começaram a ser desafiados. “A cada dia a gente falava mais sobre amor, e até sobre casamento. Era tão bom ficar com ele!”, relata a moça que prefere não ter o nome divulgado. “Mas percebemos que alguma coisa errada acontecia entre nós quando o sexo dominava nosso relacionamento. Quanto mais nos envolvíamos, mais íntimos nos tornávamos; e, mesmo assim, brigávamos muito. De qualquer maneira, estava segura de que ele era a pessoa certa para mim.”

O problema é que a “pessoa certa” acabou se transformando com o tempo. “Pouco a pouco, perdemos o respeito um pelo outro... Logo, tudo se inverteu. O amor começou a se desgastar. Havíamos compartilhado tudo e, como éramos muito jovens para nos casar, nosso relacionamento perdeu a graça. Haviam me prevenido sobre isso. Falaram-me repetidas vezes sobre a mágoa de se dar algo que nunca mais poderá ser recuperado. Agora entendo. Fui tola o bastante para descobrir por mim mesma.”

A garota da história acima tinha apenas 15 anos quando terminou o namoro e ficou com as mágoas. Ela ficou com medo de se apaixonar de novo e confiar novamente em alguém. Tremia só de pensar em falar de seu passado com um novo namorado. Tinha medo de não poder ter uma vida verdadeiramente íntima com ele, caso não contasse. “É terrível sentir-se privada do mistério do futuro, de sua dignidade, valor e respeito próprio. Eu amava o Guto*. A ferida vai demorar muito tempo para sarar”, é o desabafo de uma alma muito jovem para suportar tanto peso.

Vivemos em uma sociedade na qual os valores cristãos se deterioram a cada dia. Assuntos como reverência, santidade, temperança, pureza, castidade e modéstia cristã são vistos como temas de pouca importância. Aos poucos, o cristianismo tradicional é substituído por uma religiosidade do tipo “vale-tudo”. Afinal, “Deus é amor, e nos aceita como somos”.

De fato, o Senhor nos aceita como somos. No entanto, precisamos trilhar a estrada da santidade, adaptando nossos desejos à vontade de Deus, mediante Seu poder. Essa adaptação é necessária em todos os aspectos de nossa vida, inclusive na sexualidade.

É interessante – e triste, também – notar como o ser humano, após a queda e em decorrência dela, sempre tende ao extremismo. Durante vários séculos, especialmente na Idade Média, o sexo foi visto como tabu. O “pecado original” havia sido o sexo. O fruto proibido simbolizava o sexo. Quanta bobagem! Infelizmente, até isso contribuiu para que muitas pessoas acabassem interpretando o relato da criação no livro de Gênesis como uma simples alegoria.

Que o “pecado original” não foi o sexo fica evidente na ordem de Deus aos nossos primeiros pais: “Crescei e multiplicai-vos.” Gên. 1:28. E isso foi dito antes da queda.

Mas a Idade Média acabou. O “século das luzes” prenunciava uma nova era de liberdades (e libertinagens) para a humanidade. “Sexo livre”, “revolução sexual”, “parceiros sexuais”, “sexo seguro” são expressões que passaram a fazer parte do nosso vocabulário de tal maneira que nem as estranhamos mais. É o outro lado da moeda.

Somos bombardeados diariamente, sem tréguas, com todo tipo de apelo sexual. As músicas, as propagandas, as revistas, as novelas – a mídia em geral nos faz inverter certos valores, colocando o sexo sem compromisso como algo normal. E nós compramos a idéia. A revista Veja (24/05/2006) mencionou que o dramaturgo Sílvio de Abreu “tem uma tese, digamos sociológica para explicar a aceitação do sexo [na novela] Belíssima. A não ser em tramas de época, opina o noveleiro, as espectadoras rejeitam as personagens passivas. ‘As mocinhas de hoje têm de mostrar que sabem o que querem, inclusive no sexo’, diz”.

Vamos, então, à grande questão: “Por que não posso fazer sexo antes do casamento, já que é tão bom?” Aí é que está: é bom “dentro do casamento”. O sexo foi criado pelo próprio Deus para ficar sob as estruturas de um lar. Biologicamente, o sexo (a união carnal) tem como finalidade a procriação, mas o próprio Deus tornou essa “função” prazerosa. Da mesma forma que é importante se alimentar para continuar vivendo, mas para fazer isso com prazer temos o paladar – outro presente do Criador. No entanto, alimentar-se baseado apenas no prazer, sem obedecer a horários, pode ser uma cilada para a saúde. De igual forma, ter sexo fora do casamento pode ser um desastre. A ordem exata das coisas está em Gênesis 2:24: “Por isso, deixa o homem pai e mãe e se une à sua mulher, tornando-se os dois uma só carne.” Relembrando: 1) deixar pai e mãe; 2) unir-se à mulher; 3) os dois se tornam uma só carne.

Estamos constantemente procurando razões para nos sentirmos “aprovados” como cristãos. No que diz respeito ao sexo, é importante entender que Deus taxativamente não aprova o sexo fora do casamento. Isso está bem claro em Hebreus 13:4: “Digno de honra entre todos seja o matrimônio, bem como o leito sem mácula.” Você pode até achar que deve agir de maneira mais liberal, porque os tempos são outros, o mundo mudou. Bem, lembre-se: Deus não mudou.

A gravidez indesejada e DSTs são apenas alguns dos resultados negativos da experiência sexual fora do casamento. Há também, em alguma escala, o risco de promiscuidade. A palavra é forte, mas é isso mesmo. Vamos supor que você e a pessoa com quem você namora cedem e transam. Mas, infelizmente, o namoro não dá certo e vocês resolvem terminar. Logo, você começa a namorar outra pessoa. E aí, vai ter sexo ou não? Ah, vai. Você sente que a ama mais do que amava a outra pessoa, e não vai negar para essa o que não negou para a outra.

Leonardo, solteiro, 26 anos, guarda consigo um alerta de seu pai sobre sexo: “Não comece. Porque, se começar, não dá mais para parar.” Isso o ajudou num momento complicado. Ele vivia durante a semana em outra cidade, para estudar, indo para a casa dos pais apenas nos fins de semana. Um dia, uma amiga de faculdade foi ao seu apartamento e propôs que eles transassem. O que você faria no lugar dele? Ela era bonita, legal e cristã, como ele. Que armadilha! Mas o Leonardo escapou. Ele conta que, “numa boa”, disse que eles não iam ganhar nada com aquilo. Pelo contrário, mais tarde, ficariam tristes e arrependidos.

Mas... por que a gente pode se arrepender depois? Porque a virgindade não é uma questão apenas física, mas também emocional. Surge a culpa. Qualquer pessoa que tenha alguma comunhão com Deus, e faz sexo fora dos padrões estabelecidos por Ele, sabe que Ele sabe o que acontece na vida de cada um. Ou seja, Deus sabe que a pessoa errou. Quem consegue ficar de bem com a vida com um peso desses nas costas? É melhor evitar. “A gente tem que decidir antes; e, quando enfrentar uma situação difícil, a gente vai saber dizer não”, é a dica do Marcos, de 22 anos.

O ministro evangélico Ricardo Paixão faz uma conta matemática interessante, a respeito desse assunto: “O sexo é um ato tão íntimo que podemos dizer que parte de você fica com a outra pessoa e a outra pessoa fica com parte de você. Se você já teve relação sexual com alguém, então quando você se casar não poderá dar a seu cônjuge 100% de você porque parte de você já ficou com outro(a).”

Que Deus abençoe suas escolhas. Mas, caso você tenha errado no passado, peça perdão a Ele, levante a cabeça e lembre-se de que nunca é tarde para recomeçar. Obedecer à Lei de Deus e viver de acordo com os princípios divinos é a única garantia de felicidade aqui, e na vida eterna.

*Apesar de todas as histórias mencionadas serem verídicas, foram usados nomes fictícios para preservar a identidade dos entrevistados.

Por que NÃO?

Para evitar sofrimentos futuros e promover a confiança. Todo relacionamento humano se baseia na confiança. Com o casamento não é diferente. Para ilustrar, veja só esta parte da entrevista concedida ao pastor George Vandeman pelo doutor Josh McDowell, no programa Está Escrito: Josh contou que namorou uma garota por cerca de três anos e, 20 anos depois, sua esposa acabou conhecendo aquela ex-namorada. As duas se tornaram amigas. Certo dia, ao voltar para casa, Josh recebeu um abraço da esposa. Olhando nos olhos dele, ela disse que estava muito feliz por ter sabido que ele se comportou bem durante aquele período. “Jamais pensei que o meu namoro de 20 anos atrás poderia afetar o meu casamento hoje. Minha esposa confia em mim.”

Para evitar lares sem estrutura (ou mesmo a ausência de lares). Como dois adolescentes poderão assumir as responsabilidades de um lar, caso o envolvimento sexual pré-marital acabe em filhos (e freqüentemente acaba)? Esse é um dos maiores motivos de infelicidade conjugal. E que tipos de cidadãos um lar infeliz e desestruturado formará? Deus sabe o momento e o contexto certos para o envolvimento sexual, pois “o matrimônio, na maioria dos casos, é um jugo muito aflitivo. Milhares há que se acham acasalados, porém, não casados [...] da qualidade do lar depende a condição da sociedade” (Ellen G. White, O Lar Adventista, p. 44). Quando se envolve em sexo fora do casamento, o jovem, além de jogar para o espaço um dos melhores momentos da vida, depara-se também com os problemas do aborto e de “pais solteiros”. E ambos trazem tristes conseqüências. É por isso que Deus diz, em Hebreus 13:4: “Digno de honra entre todos seja o matrimônio, bem como o leito sem mácula.”

Para não contrair DST. As Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST) são outro fruto amargo colhido por aqueles que se envolvem em sexo fora do casamento. Quando Deus diz “não cometa imoralidade sexual” (1Ts 4), faz isso porque quer nos proteger das conseqüências dessa prática (aliás, toda negativa divina revela-se, cedo ou tarde, uma bênção para nós). Recentemente, foi realizada uma conferência sobre sexologia nos Estados Unidos. Quando perguntados se confiariam numa fina proteção de borracha (preservativo) para protegê-los se praticassem sexo com uma pessoa sabidamente infectada com o HIV, nenhum dos 800 sexólogos levantou a mão. “No entanto”, diz o psicólogo e escritor James Dobson, “estão dispostos a dizer aos nossos filhos que o ‘sexo seguro’ está ao alcance de todos, e que podem praticar sexo com todo mundo, impunemente” (citado por Clifford Goldstein, em O Dia do Dragão, p. 78 – Casa). O único sexo psicológica e fisicamente seguro é aquele praticado dentro do casamento. A virgindade ainda é o melhor presente que um casal pode trocar e a melhor garantia de proteção contra as DST.

Como evitar

Para evitar o sexo antes do casamento, primeiramente é preciso ter a firmeza de caráter para “remar contra a maré” e dizer não. Aqui vão algumas dicas para essa decisão:

Evite conversas sobre assuntos sexuais. Isso é um forte elemento de excitação. Piadas, frases insinuantes etc., devem ser evitadas. Existem outros assuntos sobre os quais conversar durante o namoro. Experimentem, por exemplo, ler bons livros juntos (ex.: Os Dois Lados do Sexo, Mensagens aos Jovens, Cartas aos Jovens Namorados, etc.).

Imagine que seus pais contrataram um detetive para segui-lo. Ele fará um relatório de tudo o que você fizer. Tendo isso como parâmetro, você fará com seu amor apenas aquilo que pode ser visto e relatado. Isso é um namoro seguro. Enquanto namoram, a pergunta básica é: “Podemos fazer isso no meio da praça central, ao meio-dia, sem constrangimento?” Se a resposta for sim, estão liberados. Tudo o que passar disso deve ficar para o casamento.

Evitem estar a sós por muito tempo. Tarde da noite, então, nem pensar.

Pesquisas revelam que os três locais onde mais ocorrem intimidades sexuais são: (1) a casa da moça, (2) a casa do rapaz e (3) o automóvel. Saber disso é bom para evitar o problema.

Não se deixe levar pelos meios de comunicação. Qual foi a última vez que você viu, na TV, um homem dizer a uma mulher: “Eu te amo”, e não irem para a cama? Qual foi a última vez que você ouviu alguém dizer “não” ao sexo em um filme? Os meios de comunicação (a TV e os filmes, principalmente) contribuem muito para a licenciosidade atual. O livro Vivendo nos Limites, do doutor James Dobson, traz uma entrevista com o assassino e estuprador condenado à morte, Ted Bundy. Não é preciso ler muitas linhas para se perceber o efeito da pornografia na vida daquele homem. Por isso, evite “ler, ver ou ouvir aquilo que sugira pensamentos impuros”, diz Ellen White, no livro Mensagens aos Jovens, p. 285. E atenda ao conselho do salmista: “Não porei coisa má diante dos meus olhos.” Salmo 101:3. Não alimente indevidamente a chama que arde em você. Guarde-a para o momento certo, no contexto certo e com a pessoa certa. É assim que Deus deseja – para o seu próprio bem.

Michelson Borges e Sueli Ferreira de Oliveira

Aquecimento global é a nova religião

O título acima apareceu no site Opinião e Notícia, com o seguinte comentário: “É o que diz um renomado geólogo australiano, para quem as alterações climáticas são uma farsa perpetuada por ambientalistas. Ian Plimer, professor de geologia da mineração na Universidade de Adelaide, chega mesmo a dizer que a ideia do aquecimento global virou a nova religião para as elites urbanas dos países ricos [grifo meu]. Ele é um crítico do chamado ‘aquecimento global antropogênico’ – ou seja, produzido pelo ser humano – e da ortodoxia ambiental corrente, segundo a qual o fenômeno pode ser revertido por meio da redução da poluição atmosférica.

“Para Plimer, o aquecimento global é algo natural, com muitos precedentes na história do Planeta. Ele não é o primeiro cientista renomado a dizer isso, mas dá mostras de que não irá se dobrar ante a pressão do ‘jacobinismo ambiental’.”

O que Plimer parece não saber é que o ambientalismo, também chamado por alguns de ECOmenismo, está ajudando a unir movimentos, grupos e instituições tão díspares como o Vaticano e cientistas ateus em torno de um mesmo ideal: salvar a Terra da destruição. E eles têm até uma proposta: parar um dia na semana para que o Planeta possa “descansar”. Que dia será esse?

Michelson Borges, editor

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

É o fim!?

Casamento, estudos, carreira profissional. Os jovens têm tantos planos para o futuro. O que eles pensam sobre o fim do mundo?

Basta ligar a TV, ler a primeira página do jornal de hoje ou entrar em contato com qualquer meio de comunicação do mundo, e você recebe notícia de atentados, catástrofes – sinais que anunciam o fim. É manchete: o Apocalipse está chegando! Como os jovens cristãos vêem isso e o que pensam a respeito? Fazem planos para si? A equipe da Conexão JA reuniu sete jovens de vários cantos do Brasil para tentar descobrir. Os entrevistados: Caleb Miranda, São Paulo, SP; Carine Cardoso, Goiânia, GO; Clarissa Tagliari, Florianópolis, SC; Fernando Cerqueira, Nanuque, MG; Paulo Mondego, Brasília, DF; Rodrigo Galiza, Natal, RN; Vanila Pontes, São Paulo, SP.

Conexão JA: Do que vocês têm visto, o que demonstra que o mundo está mesmo no fim?

Rodrigo: Catástrofes em todo canto. A gente fez uma pesquisa na faculdade e viu que está aumentando a proporcionalidade entre o período e o número de furacões que ocorrem.

Paulo: Quem é adventista sempre se liga nessas coisas. Quando acontece alguma coisa, a gente liga ao fim do mundo. Só que, depois do tsunami, as pessoas ficaram mais apreensivas, ficaram mais atentas ao meio ambiente, aquecimento global. A mídia fala disso, e a gente fica de antena ligada porque sabe por que isso está acontecendo.

As revistas da banca trazem na capa “O fim do mundo começou”. É uma coisa espantosa. Dez anos atrás, se fizéssemos isso, seríamos alarmistas. Por que agora a mídia faz isso o tempo todo?

Paulo: Bom, a mídia aproveita tudo que dá ibope. Pode ser uma catástrofe, pode ser a morte de alguém. Deu ibope, ela cobre. Mas, cientificamente, a gente comprova que a natureza está evidenciando o fim do mundo.
Fernando: Nós, que realmente esperamos isso, que estamos atentos a tudo isso, não estamos falando disso. Esperamos as pessoas falarem...

Por que vocês acham que nós, como adventistas, nos acomodamos diante de tantas evidências do fim do mundo, quando todo o mundo está alarmado com isso?

Rodrigo: Acho que sempre demos ênfase a esses sinais, então isso ficou comum.

Vanila: A Igreja Adventista já há muito tempo prega sobre a volta de Jesus. A gente acaba se acostumando de tal forma que pensa: “É só mais um acontecimento. Ainda falta muita coisa pra acontecer.” E aí, acaba realmente se acomodando com a idéia de que ainda há muito tempo até o fim.

E guerras com motivação religiosa, isso também tem a ver com o fim do mundo?

Caleb: Já era predito que haveria guerras e rumores de guerra. A Bíblia diz que o amor vai se esfriar e cada vez mais vai haver isto: povo contra povo, nação contra nação.

Quando você vê o que acontece no mundo e constata que crê na verdade, como isso mexe com a sua fé?

Caleb: A gente se firma mais na fé. Mas, por outro lado, a gente não tem se preparado tanto, e acaba se esquecendo de ler a Bíblia, de estudar a Lição, de ter comunhão...

Carine: Uma questão interessante é sabermos defender nossos princípios, conhecer aquilo que a Igreja prega. Eu mesma não sei muito sobre profecias. A gente tem que cuidar um pouco com isso e se preparar pra isso não só para a volta de Cristo, mas para ajudar outras pessoas a entender a Bíblia e, quem sabe, dar um bom testemunho para essas pessoas.

Será que esse desleixo com as coisas espirituais também não é um sinal do fim do mundo?

Fernando: Sim, a Igreja está “morna”.

Como é que vocês vivem este paradoxo: tantos sinais e essa apatia?

Paulo: Quando eu me batizei, era uma empolgação tremenda. Nós trabalhávamos em prol da Igreja, vivíamos pela Igreja, a juventude era reunida naquilo. Hoje, eu diria que 10 por cento dos meus amigos daquele tempo ainda estão na Igreja.

Clarissa: Acho que isso acontece porque a gente pensa na volta de Jesus, mas não como uma coisa presente, que vai acontecer logo. A gente não vive pensando que Jesus vai voltar amanhã, no tempo real. Talvez os jovens até conheçam a doutrina, mas não conhecem Jesus direito, não sentem saudade dEle.

De quem é a culpa de o jovem hoje só ter Jesus na teoria?

Rodrigo: É mão e contramão. O jovem e o seu líder têm culpa. O líder não tem pregado sobre isso, e isso faz os membros da Igreja se acomodarem. Mas, como a salvação é individual, o jovem tem que buscar conhecimento, e não esperar apenas pelo líder. Quanto ao fim do mundo, existe uma coisa pra se pensar: parece mais interessante assistir a um filme sobre Lutero, que tem aí umas duas horas, do que ler O Grande Conflito. Mas a verdade é que eu também assisto a outros filmes. E, na questão do fim do mundo, passa alienígena, coisas estranhas. Daqui a pouco, o fim do mundo que eu espero não é igual ao que está na Bíblia, mas como Hollywood me mostrou.

Vocês acham que o fim vai ser catastrófico? Como vêem isso com esperança de uma nova vida?

Paulo: É uma questão muito pessoal. Porque, se você diz que tem medo, não está preparado. Você assume seu despreparo com relação ao fim do mundo. Se você diz que está esperançoso, é porque você está firme na fé que você tem, na religião que você tem. Não tem meio termo.

Fernando: Ah, eu acho que coragem não quer dizer ausência de medo. O que a gente precisa é manter a fé. Precisa acreditar que, quando chegar essa época, Deus vai nos dar força.

Paulo: Eu penso que vai ser uma coisa muito dura. A Igreja não está escondida como a gente pensa. Quanta gente nós conhecemos? Quanta gente que conhecemos vai nos entregar? Até dentro da própria Igreja vão surgir essas pessoas.

Rodrigo: A visão que precisa ter não é só de eventos finais, perseguição, fome, juízo. A Bíblia mostra que esse é um evento de esperança; eu vou sair deste mundo de pecado, vou viver eternamente.

Paulo: Entendo essa posição, e a gente tem que pensar assim; mas, quando chega o momento de você sentir na pele, a situação muda.

Vanila: O que me assusta é não saber se estou salva ou se estou perdida. As pessoas estão muito apegadas com o que nós temos no mundo e não conseguem ver que há algo melhor.

Paulo: É a visão do agora, a gente vive o “agora” e se esquece do futuro.

O que vocês entendem por perseguição?

Fernando: Talvez a gente não entenda bem essa história de tortura. Tivemos ditadura no Brasil, mas isso está só no livro agora. Então, nós já estamos acostumados com essa oportunidade de falar, de expor idéias. Não ter esse direito é algo de uma cultura distante, lá da Cuba, da China.

Dos que não nasceram na igreja, quando vocês se converteram achavam que Jesus ia voltar depois de quanto tempo?

Caleb: Pensava em algo perto de três anos. Pensava: “Vou começar a me preparar.”

Carine: Realmente, estava muito vivo. No dia do meu batismo, essa mensagem era tão viva pra mim, que eu achava que Jesus ia voltar naquele dia.
Vanila: Eu achava que nem ia fazer faculdade...

E hoje, como pensam?

Clarissa: É uma idéia com a qual a gente se acostumou.

Carine: É aquela questão do primeiro amor. Pra mim, Jesus ia voltar muito rápido. Eu tenho esperança de que Ele irá voltar muito próximo.

Se a gente mantiver o primeiro amor, não é o sermão do pastor que vai fazer a diferença na vida espiritual. O sermão do pastor ajuda, mas não dá para trocar pela Bíblia e pela oração. E o fim do mundo vai chegar, independente da espiritualidade de cada um. Então, analisando isso, o que você tem feito para se preparar?

Vanila: Quando eu olho para minha vida antes, às vezes, fico um pouco decepcionada comigo mesma, porque antes eu fazia mais. Não tenho participado muito na igreja, só esquento o banco. Eu preciso mudar. Mas uma coisa que eu tenho procurado fazer a cada dia é ter minha comunhão pessoal, acordar um pouco mais cedo, estudar a Lição, ler a Bíblia, a Meditação.

Fernando: Cristianismo é algo pra ser vivido na prática. A oportunidade é você quem faz e eu tenho aproveitado para me dedicar à pesquisa, saber mais sobre a volta de Jesus, o que cremos, e isso tem fortalecido minha fé. Tenho buscado manter Jesus sempre presente.

Clarissa: Deus dá o talento pra gente e a gente tem que achar uma forma de usar esse dom. Às vezes, eu sei, a gente desanima, porque há tantas pessoas que cantam, tocam ou falam melhor que a gente. Mas cada um pode testemunhar do seu jeito.

Caleb: Eu tenho feito muito pouco, mas quero fazer algo para crescer. A gente precisa escolher se, um dia, vai fugir ou perseguir.

Que demora...

Por que Cristo ainda não voltou

Qual é o dia mais importante da História? Poderia ser o dia de uma grande descoberta científica? Ou o dia em que o homem pisou na Lua? Poderia ser o dia do seu aniversário – sim, esse foi um grande dia –, mas me refiro a algo maior. Tente imaginar, então, um só dia sem morte, dor, angústia, doenças, guerra, poluição e medo. Existirá um dia assim? Se ele existir, será o dia mais importante de todos, você não concorda?

É interessante notar que o primeiro e o último dia deste planeta têm algumas semelhanças. No primeiro dia, as trevas que estavam sobre o abismo deram lugar à luz. Hoje, nosso mundo está em grandes trevas e muitas vidas estão à beira do abismo, mas o dia final será marcado pelo poderoso brilho da luz de Jesus Cristo. Então, o maior de todos os dias será o último, porque é o dia da volta de Jesus.

Esse dia – o mais espetacular de todos – será marcado por contrastes: enquanto alguns estarão ressuscitando, outros estarão pedindo a morte. Uns receberão a vida eterna, outros receberão o começo da condenação, e então o justo será finalmente separado do ímpio. Todas as coisas serão desfeitas. Esse dia também é importante porque põe fim a um ciclo de ação de Satanás e seus anjos, desde que eles se rebelaram e deram início à obra de ruína e destruição.

Se, por um lado, esse dia é almejado por muitos, como diz Jó – “Porque eu sei que o meu Redentor vive e que por fim Se levantará sobre a Terra” (19:25) –, por outro, há muitos que não querem que esse dia venha com suas revelações. O maior interessado em retardar esse dia é o inimigo, porque dali em diante ele se torna refém de seu próprio mal, e depois de mil anos será destruído.

Satanás fez vários experimentos para retardar o dia da volta de Jesus. Inicialmente, perseguiu e matou cristãos – mas, nesse caso, não foi bem-sucedido, porque com a morte de um, surgiam muitos outros. Então, ele mudou de tática. Desvirtuou as doutrinas bíblicas e introduziu falsos princípios no cristianismo. Mas aqui, também, não conseguiu bom êxito, porque surgiu um povo fiel que continuou obedecendo aos princípios doutrinários da forma certa. Por que todos esses ataques à Igreja? Porque é a Igreja que tem a missão de pregar o evangelho ao mundo. Isso quer dizer que a Igreja pode ajudar a apressar a volta de Jesus, como disse Ellen White: “Dando o evangelho ao mundo, está em nosso poder apressar a volta de nosso Senhor. Não nos cabe apenas aguardar, mas apressar o dia de Deus” (O Desejado de Todas as Nações, p. 633 e 634).

A Igreja Adventista do Sétimo dia tem essa missão. O inimigo tentou trazer novas doutrinas desvirtuadas para dentro da igreja, mas sem sucesso. Procurou distorcer doutrinas existentes como a Trindade, a natureza de Cristo, o Espírito de Profecia, mas igualmente sem sucesso. Por isso ele planejou um meio para deixar os membros da igreja apáticos e mornos, dificultando assim a pregação do evangelho. (Leia Apocalipse 3:16.) “Na ausência da perseguição, têm entrado para nossas fileiras homens que parecem sãos, de inquestionável cristianismo, mas que, caso surgisse a perseguição, sairiam de nós”, escreveu Ellen White, em Evangelismo, página 360.

O inimigo sabe que esse “grupo misturado” no meio do povo que aguarda a volta de Cristo faz com que eles não vivam plenamente e também não tenham todo o poder na pregação do evangelho. E quando o evangelho for pregado a todo mundo, virá o fim (Mateus 24:14). Interessante que White diz: “A obra está com anos de atraso. Enquanto os homens têm dormido, Satanás se nos tem adiantado furtivamente” (Testemunhos Para a Igreja, v. 9, p. 29).

Se Jesus tivesse vindo alguns dias atrás, você estaria preparado para recebê-Lo? A coisa maravilhosa é que, apesar da “demora”, Ele ainda convida todos os que querem mudar de vida, porque só Ele é capaz fazer essa transformação.

A volta de Jesus será o maior dia da História. Esse acontecimento se aproxima rapidamente. Você está pronto para receber o Rei?

Areli Barbosa, líder de Jovens na União Sul-Brasileira

Presente de Deus

A Bíblia coloca o sexo em sua verdadeira moldura. Segundo o Pastor Edson Nunes Jr., líder da comunidade judaico-adventista de São Paulo e mestrando do Centro de Estudos Judaicos da USP, “a visão judaico-bíblica do sexo é baseada claramente em Gênesis 1 e 2, ou seja, o sexo foi criado por Deus e instituído antes do pecado”. Edson destaca uma nuance interessante do texto: Deus diz que homem e mulher formam “uma só carne”, isto é, eles se tornam um, e essa é a principal característica do próprio Deus (Dt 6:4). “No sexo, o ser humano deve refletir o caráter de Deus, daí a importância do sexo como fator de santidade”, afirma Edson. “É importante notar que Moisés ‘gasta’ boas páginas de Levítico, Números e Deuteronômio para tratar de pecados sexuais. Outro fator importante é a questão do sexo dentro do casamento. A história de Isaque é o exemplo mais claro.”

Para o Pastor Edson, Cantares 2:16 estabelece o padrão de relacionamento sexual: um homem e uma mulher. Ele é dela e vice-versa. Não há inserção de terceiros. Sobretudo, o que leva ao sexo, erotismo e prazer entre eles é justamente essa reciprocidade (companherismo, intimidade, interação, parceria, compromisso), uma espécie de pacto pleno, um pertencer ao outro único, completo, profundo.

Infelizmente, para tudo o que Deus fez e abençoou, Satanás criou uma contrafação. Deus criou o sexo, o inimigo criou a licensiosidade. Deus orientou o namoro, o diabo inventou o “ficar”. Deus criou o homem para apreciar a beleza feminina, o anjo caído tratou de saturar o mundo com a superesposição do corpo da mulher, tornando-a um objeto e estimulando o adultério – de fato ou mental.

Mas, aqui também, o que Deus quer é que voltemos ao plano original, com a ajuda dEle.

Michelson Borges, editor

Altar de Hollywood

Igreja e cinema. O que eles têm em comum? A resposta pode ajudá-lo a tomar uma decisão

É comprovado que o ser humano sempre teve necessidade de adorar alguma coisa em algum lugar. Pode-se ver isso em todas as culturas, em todos os lugares, até nos dias atuais. Do ponto de vista espiritual e escatológico, é interessante que o cinema surgiu no século 19, praticamente na mesma época que o movimento adventista. Quando foram feitos os primeiros filmes, as sessões eram realizadas nos mesmos horários de cultos e missas, aproveitando o tempo disponível das pessoas e o “ritual” que já era feito nesse tipo de deslocamento.

Para ir ao cinema, deve haver, obviamente, um deslocamento chamado pela psicologia de “representação dirigista”, ou seja, pessoas que não se conhecem se orientam em uma mesma direção, com o mesmo objetivo. Dessa forma, o indivíduo se sente sociável, representando a crença de que, para conseguir algo, deve-se sair de casa, e de que coisas importantes se fazem em locais especiais.

Pela Psicologia da Comunicação, o estudo da Semiótica, sabe-se que a pessoa que vai ao cinema está indo literalmente a um templo – é um ritual religioso em sua essência, sendo, então, o preenchimento da necessidade básica de adoração. O cristão que vai ao cinema possivelmente começará a perder a vontade de se deslocar até sua igreja. Há uma competição entre as duas “igrejas”. A necessidade que Deus colocou no ser humano – de adorá-Lo – será preenchida pelo ritual de ir ao cinema, um caminho, digamos assim, mais “atraente”.

Existe ainda outro vínculo com a religião. Quem não ouviu falar em termos como “astros”, “deuses” e “ídolos” do cinema? Geralmente, quando se comenta sobre determinado filme, surge uma frase como: “Você já viu o novo filme do Fulano?”, vinculando a produção não ao título, mas sim ao “ídolo”. Muitas vezes as pessoas vão ao cinema por causa do “ídolo” e acabam por seguir seu estilo de vida.

NO ESCURINHO DO CINEMA

Assistir a um filme no cinema também exige preparo. Som, imagem, escuridão... Tudo projetado para causar mais impacto. A psicologia chama isso de “suspensão da realidade” (ou da “credibilidade”). A pessoa, ao entrar no cinema (espaço fechado), experimenta a suspensão do dia-a-dia; deixa do lado de fora sua vida e “esquece” a realidade e o que rege sua existência – inclusive os princípios.

Na comparação cinema-igreja, existe ainda a questão de sentar na frente ou atrás e assistir de determinada maneira (vestuário). O indivíduo tem que estar com outras pessoas, necessitando do apoio de outro. Compartilhar é ser sociável, e o cinema preenche essa necessidade. Dentro do cinema, o corpo faz parte do ambiente, se incorpora a ele – todos que estão lá pertencem à linguagem dinâmica do filme; não há cinema sem pessoas interagindo.

O som surround, em volume alto, mexe com a noção de equilíbrio, de espaço do corpo. A tela gera a inquietude da “próxima cena” no espectador. Em qualquer tipo de filme, o cinema gera suspense, altera os batimentos cardíacos, a sudorese, causa ansiedade, e as trilhas sonoras contribuem muito para isso. As telas cada vez maiores, panorâmicas, englobando a visão fóvica (central) e a visão periférica do indivíduo, não geram escape visual, como numa televisão. E mais: o ambiente escuro e um único ponto de luz são fatores importantes para a hipnose (olhar atentamente para um ponto fixo). É bom lembrar que não mais do que 20% daquilo que vemos, ouvimos ou sentimos passa pelo consciente. O restante fica armazenado no inconsciente e não se tem controle sobre o que está guardado lá.

Agora, imagine que você foi ao cinema assistir a um filme. Você já fez um ritual religioso, foi adorar algo sem perceber. Deixou sua realidade fora do ambiente, seus sentidos estão tomados pelo contágio, pelo desenrolar do filme; o poder de um som alto e surround mexe com seu equilíbrio; tudo isso somado ao princípio da hipnose toma conta de seus sentidos. Você entra, participa do filme com todas as suas emoções e seu inconsciente acredita piamente que o que vê é realidade. Isso se torna a sua realidade. O que você faz?

1. Tem consciência de todos esses fatos e fecha os ouvidos e os olhos.

2. Tem consciência disso tudo e sai correndo do cinema – como José fugiu da esposa de Potifar –, e todos ficam achando que você é um maluco.

3. Não tem consciência de nada disso, acha que ir ao cinema é algo inofensivo, curte tudo “numa boa”, e depois sai da sala de cinema com a mente cauterizada e as emoções dessensibilizadas.

4. Não vai ao cinema e está com a mente livre de tudo isso.

A decisão é unicamente sua. A quem e onde você deseja adorar? Com que pessoas você quer ter comunhão? Com o que pretende se envolver? A quem você quer entregar seus sentidos e toda a sua vida?

“Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o coração, porque dele procedem as fontes da vida.” Provérbios 4:23.

Cristiano James Kleinert, designer e programador visual

Juventude espiritual

Adolescentes e jovens não se interessam em igreja e religião. Essa impressão às vezes leva os pais e líderes espirituais a coçar o queixo, franzir a testa e declamar discursos de ordem. Porém, isso pode refletir muito mais a realidade dos adultos e seu próprio desinteresse. É o que revela uma pesquisa entre adolescentes e jovens norte-americanos, realizada pelo Barna Research Institute.

Segundo a pesquisa, os adolescentes e jovens vão mais à igreja do que os adultos e participam mais de reuniões de pequenos grupos. Apesar disso, eles oram menos que os adultos e leem menos a Bíblia (10% menos, em ambos os casos). O que a juventude mais espera em relação à igreja (45%) é “louvar e ter uma experiência de comunhão com Deus”. Conhecer melhor as próprias crenças é a segunda principal preocupação desse grupo (42%). Entre as preocupações menos importantes, estavam participar de um grupo de estudos (19%) e estudar a Bíblia (18%).

Embora adolescentes e jovens desejem ter comunhão com Deus e conhecer mais a respeito das próprias crenças e valores, parece que têm pouca paciência para os modelos tradicionais de estudo da Bíblia. A geração Orkut tem dificuldade em assimilar formas de estudo bíblico lineares e não interativas. Isso não representa falta de espiritualidade, mas revela uma nova forma de encarar a vida e aprender. Essa realidade desafia pais e líderes espirituais a deixar de lado o conforto dos seus próprios modelos e buscar formas de maior interação, estabelecendo conexões entre a mensagem em seu contexto histórico, os dramas e as alegrias do público jovem, e a realidade atual.

Adolescentes e jovens estão em uma fase de definição de seu futuro espiritual. Mais do que doutrinados, querem ser ouvidos quanto às suas dúvidas, aconselhados em relação aos seus temores. Então, poderão ser guiados à fonte de toda a verdade e estabelecer links infinitos entre a Palavra e a vida.

Guilherme Silva, jornalista

Editores da Conexão participam do fórum da Aner

A Associação Nacional de Editores de Revistas (Aner) promoveu na semana passada no Teatro Raul Cortez, na sede da Fecomércio, em São Paulo, o 3º Fórum Aner de Revistas, com o tema “Um futuro digital que preserve o impresso”. Foi um dia bastante intenso, com palestras apresentadas por renomados expoentes da comunicação nacionais e internacionais, entre eles Roberto Civita, diretor editorial do grupo Abril; James Collins, vice-presidente sênior de pesquisas do Mediamark Research & Intelligence; Pyr Marcondes, diretor do Núcleo ProXXIma do Grupo M&M; Frederich Kachar, diretor geral da Editora Globo; Daniel Chalfon, sócio e diretor de mídia da MPM; entre outros. A mestre de cerimônias foi a apresentadora do Jornal da Globo, jornalista Christiane Pelajo.

“Os recentes desenvolvimentos da indústria editorial mostram que os editores precisam estar cada vez mais preparados para a evolução do seu negócio e adaptação ao meio digital”, diz o texto o texto de apresentação do programa. Os palestrantes deram uma amostra de como está o cenário atual do mercado de revistas e apontaram as perspectivas para um futuro multimídia em que a essência das publicações terá um papel crucial para atrair a atenção de um público leitor cada vez mais exigente.

Os palestrantes falaram ainda sobre as novas tecnologias digitais, mídias sociais, a questão do conteúdo aberto e fechado (afinal, como foi dito, a informação quer ser gratuita, mas a qualidade tem um preço) e a qualidade editorial nas múltiplas plataformas. Foram apresentados casos de sucesso e compartilhadas dicas de como fazer uma revista impressa sobreviver em meio ao avanço digital.

O presidente da Aner, jornalista Roberto Muylaert, abriu o dia afirmando que, a despeito da não obrigatoriedade do diploma de Jornalismo, “vamos continuar a contratar profissionais de comunicação”. A justificativa tem que ver com a manutenção da qualidade na apuração e tratamento da informação, atividades para as quais o jornalista é treinado.

A tônica que permeou as discussões teve que ver com a boa convivência entre as mídias impressas e as digitais. O palestrante André Jalonetsky, diretor da Editora Escala, diz que as mídias se sobrepõem e brinca: “Tecnologia é uma coisa inventada depois que você nasceu.” Portanto, é importante se atualizar e conhecer as novas possibilidades de disseminação de conteúdos, fazendo com que uma mídia ajude a outra. Uma dessas mídias, o Twitter, foi descrita pelo vice-presidente executivo da Editora M&M Marcelo Salles Gomes como ótimo recurso para (1) gerar tráfego para o site ou blog da revista, (2) acompanhar a repercussão de matérias publicadas, (3) elaborar matérias com a participação dos leitores, e (4) aproximar a marca da audiência, já que a linguagem nessa e em outras mídias sociais é mais informal. Ele deu alguns exemplos de revistas que estão se valendo desse recurso: a Capricho tem hoje mais de 170 mil seguidores; a Veja tem quase 95 mil, e a Superinteressante já passa dos 66 mil.

Jairo Leal, presidente executivo da Abril, afirmou que a internet é a grande aliada das revistas, e justifica: “A internet não alterou o hábito de ler revistas; é mais um meio de comunicação para nossas marcas; fortalece a relação com o público; e ajuda a aumentar as assinaturas.” O fato de haver 64 milhões de internautas no Brasil, dos quais 27 milhões leem sites de revistas, parece justificar a tese de Jairo.

Os jornalistas Michelson Borges, Wendel Lima e Diogo Cavalcanti, editores da revista Conexão JA, participaram do evento representando a Casa Publicadora Brasileira (CPB) juntamente com outros editores e alguns administradores da instituição.

Segundo Wendel, “algo que o fórum deixou claro é que a internet não vai acabar com a mídia impressa, pelo contrário, tem mostrado ser uma ferramenta fundamental para a sobrevivência e expansão das revistas. Não tem como pensarmos num futuro, sem a integração estratégica das mídias”.

“Pairou a certeza de que o jornalismo impresso está em uma preocupante transição, vendo crescer em torno de si a ‘matéria escura’ do universo digital”, avaliou Diogo. “Um gigante horroroso chamado Google, milhões de sites, blogs, twitters, kindles, celulares, os meios e devices que você quiser, giram absurdamente numa espiral insana chamada mercado editorial. Simplesmente ninguém no Brasil nem fora dele pode prever o futuro do jornalismo impresso, nem dar a ‘receita do bolo’ para se sobreviver financeiramente na internet”, completa o jornalista. Apesar da incerteza, para Diogo está mais do que clara a importância de se criar uma simbiose entre mídias impressas, digitais e outras, a fim de impactar leitores por todos os canais disponíveis. “Além disso, o conhecimento e a satisfação das demandas dos leitores serão a única maneira de prosperar no futuro”, prevê.

Uma das palestras de que os editores da Conexão mais gostaram teve como título “O poder de uma capa perfeita”, e foi apresentada pelo veterano Thomaz Souto Corrêa, da editora Abril. Corrêa participou do lançamento e reformulação de inúmeras revistas da editora e apresentou algumas características da boa capa: (1) existe para vender a revista; (2) capa bonita vende mais do que revista feia; (3) capa é um convite, um apelo, uma convocação. Segundo ele, “a boa capa tem que ter uma imagem forte, ter boas e claras chamadas, atratividade, legibilidade, surpresa e representatividade do conteúdo da revista”. Na definição de alguns profissionais do meio, a boa capa tem que ter uma ideia e deve comunicá-la de maneira rápida e clara (em três segundos, segundo Corrêa). Além disso, não basta ser linda e não basta ser informativa, e deve despertar a vontade de comprar e de guardar para sempre.

Em sua palestra, durante o almoço que reuniu os mais de 700 participantes no restaurante da Fecomércio, o jornalista Roberto Civita disse ser esta uma época “divertida”, pois ninguém sabe exatamente para onde as coisas caminham. Segundo ele, “nosso trabalho tem alma, não é apenas um negócio, como vender sabonetes”.

Michelson Borges, editor

Preparada para casar?

Namoro um rapaz adventista há quatro anos. Ele quer casar, mas não acho que estamos preparados para isso. Meus pais não são totalmente a favor, nem as pessoas com quem converso. As diferenças realmente são muito grandes! Mas em meio a tantas dificuldades, ainda percebo que gosto dele e às vezes chego a pensar na possibilidade de um casamento, mesmo que sejamos bem novos. Eu estou só começando a faculdade. Já ele, nem pensa em estudar. Parou na 8ª série. Esse é um dos pontos em que as pessoas desaconselham nosso casamento. Todo mundo me diz para acabar. Só que a situação é mais séria: tenho pena dele, pois tem problemas pessoais muito sérios e precisa de minha ajuda. Isso tem me feito manter a relação.

Dá para notar que vocês dois, apesar de se gostarem muito, vivem realidades bem diferentes. Isso, no fogo da paixão, parece não ter importância, porque o sentimento tolera tudo. Mas esses dois mundos, dentro do casamento, na rotina do dia-a-dia, na busca pelo crescimento, na manutenção da família e no estabelecimento dos planos para o futuro, fazem muita diferença.

Você precisa ficar atenta ao que seus pais e outras pessoas estão lhe dizendo. Pessoas de fora da relação, que conhecem vocês, são equilibradas e não têm envolvimento emocional mais sério, muitas vezes conseguem ver o que vocês não são capazes de enxergar. Por isso, se todos dizem a mesma coisa, abra o olho.
Outra coisa que você não deve esquecer: casamento tem que ser o resultado de uma relação de amor, e unicamente isso. Não pense em casar por pena. Isso vai lhe criar constrangimentos muito maiores depois.

O mais importante: ore muito a Deus. Primeiro, para ter certeza do que deve fazer quanto ao futuro da relação. Em seguida, para ter sabedoria, habilidade e força para tomar as decisões necessárias. Deus é o maior interessado na sua felicidade e vai revelar Sua vontade. Observe as repostas de Deus por meio de versos da Bíblia (você lê e sente que aquilo foi para você), da opinião de pessoas cristãs equilibradas e de sinais especiais. Ore e observe bem isso.

Erton Köhler, presidente da Igreja Adventista na América do Sul

Um dia para não esquecer

O Criador deixa um presente especial para Seus filhos a cada semana. Desembrulhe-o

A conclusão de um prédio ou uma casa é resultado de um grande esforço. Foram várias reuniões, encontros, acertos, discussões para, finalmente, chegar ao término da obra. É sair do imaginário para o real; do planejamento para o concreto. Nada melhor do que comemorar essa vitória com uma grande festa de inauguração.

Deus também planejou detalhadamente como faria o mundo. Foi feita uma grande reunião de planejamento, com muitos planos e idéias. Em cada um dos seis dias Deus criou algo para alegrar a vida do ser humano, tudo planejado com detalhes e minúcias. E no sexto dia, depois de tudo concluído, Deus criou o homem. Só depois disso, então, sim, Deus criou o sábado e descansou.

Mas por que Deus criou o sábado depois de haver recém-criado Adão e Eva? Lembre-se de que nenhum dos dois estava cansado, pois eram recém-criados. Na verdade, essa era a festa de comemoração do projeto concluído; a celebração de um grande feito, uma comemoração inesquecível.

É por isso que o sábado é uma lembrança da Criação. É para lembrar que um dia, muito tempo atrás, alguém pensou no mundo e, depois de muitos planos e trabalho, a obra foi concluída. Sobre os seis dias passados, Adão e Eva tiveram que ser informados por Deus. Mas o dia de sábado foi diferente. Eles estavam presentes e viram com os próprios olhos. Eles nunca poderiam esquecer. Esse dia os ajudaria a lembrar que o Deus que tinha criado todas as coisas devia ser adorado. Por isso a Bíblia diz: “Guarde o sábado, que é um dia santo.” (Êxodo 20:8, NTLH).

Bom seria se tudo tivesse ficado assim... Mas quando o pecado atingiu este mundo, Satanás atacou diretamente o sábado. Ele usou agentes humanos para mudar o dia de guarda do sábado para o domingo. Com o passar dos anos, a maioria das pessoas se esqueceu do verdadeiro dia de descanso. Mesmo aqueles que ainda se lembram do dia de guarda são levados a se esquecer dele por algumas horas. Alguns, pior ainda, se esqueceram de Deus e passaram a viver como se Ele nem existisse.

Mas essas pessoas também se esqueceram que a guarda do sábado traz conforto ao adorador. É um dia reservado especialmente pelo Criador para trazer auxílio a Suas criaturas, para renovar a vida, a saúde e a paz. Nenhuma idéia de trabalho ou negócio sem concluir ou obrigação assumida de última hora deve interferir nesses momentos. Roupas limpas, casa arrumada, mesa festiva com alimentos especialmente preparados, leitura da Bíblia, louvor e oração, compõem nossas boas-vindas ao Criador. Um presente!

E sabe o que é melhor nesse presente? É que depois de seis dias sempre vem um novo sábado e isso soa como se Deus dissesse: “Filho, não importa o que você tenha feito ou por onde tenha andado. Se neste sábado você se encontrar comigo, então Eu o perdoarei, o salvarei e o abençoarei.” Foi Ele mesmo quem disse: “Obedeçam às leis a respeito do sábado; não cuidem dos seus próprios negócios no dia que para Mim é sagrado. Considerem o sábado como um dia de festa, o dia santo do Senhor, que deve ser respeitado. Guardem o sábado, descansando em vez de trabalhar; não cuidem dos seus negócios, nem fiquem conversando à toa. Se Me obedecerem, Eu serei uma fonte de alegria para vocês e farei com que vençam todas as dificuldades; e vocês serão felizes na terra que Eu dei ao seu antepassado Jacó. Eu, o Senhor, falei.” Isaías 58:13 e 14, NTLH.

Depois de um dia de sábado assim, você terá uma vida diferente. E, então, esse dia se tornará, a cada semana, inesquecível. Não perca tempo: abra logo esse presente.

Areli Barbosa é líder do Ministério Jovem da União Sul-Brasileira da IASD

Acesso livre

Domine a internet, mas não seja dominado por ela

Quando a internet surgiu, lá pelos anos 70 e 80, muitas pessoas anunciaram o início de novos tempos. Falava-se que ninguém mais sairia de casa para fazer compras nem ir ao banco, que a vida social das pessoas seria absolutamente comprometida. Pode parecer confuso, mas tudo isso é e não é verdade.

Por meio da internet, você pode estudar, fazer amigos (MSN, Orkut e Skype que o digam), ganhar um espaço, ficar informado, trabalhar. É um universo fascinante. Você clica aqui, clica ali... e acessa o mundo, em qualquer lugar ou hora. O Marechal Rondon, reconhecido “Patrono das Comunicações Nacionais”, ficaria surpreso com a comunicação digital. No Brasil, segundo a Agência Estado, “o número de internautas residenciais que utilizaram a internet em abril de 2006 atingiu 13,4 milhões de pessoas”. Se você levar em consideração a população brasileira (estimativa de 182 milhões até o fim deste ano, segundo o IBGE), o número de usuários da internet não é tão assustador. No entanto, é bom lembrar que a maioria desses usuários é jovem.

Dorothy Lehr, 17 anos, do Unasp, Campus Engenheiro Coelho, é uma dessas internautas. “Uso a internet para lazer, para conversar com os amigos que estão longe”, diz ela. Mas nem tudo foram rosas no uso da grande teia. “No passado, a internet virou um vício na minha vida. Eu já deixei de jantar, de estudar e até de ficar com meus amigos para navegar na internet. A gente não vê o tempo passar.” Como era um vício consciente, Dorothy decidiu mudar. “Foi um pouco difícil, mas consegui. Atualmente, eu fico umas cinco horas por semana”, conta a garota que é fã de MSN, Orkut e fotologs.

Rodrigo Freire, 25 anos, de Porto Alegre, RS, também teve alguns problemas com a internet. A rede atrapalhou sua rotina de estudos, de trabalho e de horas de sono, devido à dependência criada por horas a fio na frente do computador. “Passava muito tempo conversando com meus amigos pelo MSN, em vez de falar com eles cara-a-cara. Uma garota com quem tinha altos papos chegou a dizer que me considerava um grande amigo. O detalhe é que, pessoalmente, nos vimos pouquíssimas vezes”, relata. Depois de perceber que a web estava lhe prejudicando – ele admite que ficou até mais ansioso –, Rodrigo decidiu estabelecer limites. “Determinei metas de estudo e horários estipulados para usar o computador. Com o tempo, acabei me desvencilhando da internet e nem uso todo o tempo que me propus”, garante o jovem, que gasta, atualmente, cerca de oito horas semanais pra entrar em contato com amigos distantes pelo MSN e Orkut.

EMARANHADO NA TEIA?

Como você pode ver, o risco de o jovem ficar emaranhado nessa grande teia é muito grande. De acordo com a psicóloga Tercia Barbalho, coordenadora do Curso de Psicologia do Unasp, Campus São Paulo, a internet traz grandes facilidades para a comunicação, mas também estimula muitos malefícios se não for bem utilizada. “Se o jovem usar a internet excessivamente, ele pode se tornar dependente e suscitar crises fóbicas, de depressão e ansiedade”, avisa ela. Por que isso acontece? Segundo Tercia, a internet sacia apenas em parte as necessidades sociais. “Em um site de relacionamentos, há um vazio entre o computador e os dois usuários. É esse vazio que cria o vício, a mania. Aquilo se torna uma compulsão; todo o tempo é direcionado para o computador”, explica.

Fique calmo. A internet não é um instrumento maligno. Mas, pense bem: se ela é um meio popular de comunicação, por que o inimigo ficaria fora dela? Ele está online. Não ignore suas ciladas para atraí-lo. É indispensável lembrar-se de que a batalha do bem contra o mal acontece em nossa mente, porque tudo depende das escolhas que fazemos.

Tendo isso em vista, o pastor Paulo Bravo, líder de jovens da União Centro-Oeste (Ucob), em Brasília, DF, menciona dois pontos principais na relação entre o jovem e a internet. “O primeiro deles”, diz ele, “é selecionar com cuidado o tipo de pessoa com a qual se conecta em comunidades, as conversas que mantém, os sites pelos quais se navega.” É bom também tomar cuidado com a preservação da identidade, pois, exceto com amigos que já se conhecem, nunca se tem certeza de que a pessoa do outro lado esteja falando a verdade. A psicóloga Tercia completa: “A partir do momento em que a conversa começar a trazer assuntos invasivos ou a trair seus princípios e valores, essa é a hora de desconectar.”

O segundo ponto mencionado pelo pastor Paulo é fiscalizar o tempo que o jovem dedica à internet. “Nem tudo que não é pecado eu devo fazer”, previne. “Não é só porque estou navegando por bons sites que eu devo dedicar todo o tempo do mundo para isso. Há muita gente que não dorme, não se alimenta direito, deixa de estudar a Bíblia, porque passa tempo demais diante do computador.”

Uma das grandes armadilhas que o inimigo tem usado é distrair nossa atenção das coisas de Deus com coisas boas. “Às vezes, só navegando em sites cristãos, a gente acaba perdendo muito tempo”, diz o pastor. A gente corre o risco de tentar abastecer a vida espiritual com coisas paralelas e deixar de lado a essência, que é a Palavra de Deus. Até mesmo o sábado pode ser negligenciado por causa da internet. Muitos jovens desperdiçam essas horas sagradas ao navegar pela web horas a fio. O conteúdo é bom? É. Mas esse não é o dia apropriado para fazer uso dele, pelo menos não na maior parte do tempo, a ponto de deixar de lado o ensaio do coral, as atividades da igreja, o culto jovem ou mesmo chegar morrendo de sono na igreja, no sábado de manhã.

“NÃO TE ARRISCARÁS”

Analisando friamente, não é tão difícil imaginar qual é a vontade de Deus para o internauta. É claro que sexo explícito, pornografia e pedofilia estão fora de questão. Mas não se engane: a tentação virá sutilmente.

Talvez você já tenha vivido esta cena: diante do micro, navegando por sites do bem, lendo algumas notícias, pesquisando e, de repente, encontra um link para um site perigoso ou impróprio para um jovem cristão. É difícil resistir à curiosidade, principalmente se você se sente suficientemente seguro para “dar apenas uma espiadinha”. Sabe como isso funciona? Uma espiadinha leva à outra, e está feito o estrago. Você se sente livre para acessar novamente esses sites e, quando menos esperar, estará “fisgado”.

Como a curiosidade é sempre um perigo, nesses casos, o mandamento é “não te arriscarás”. “O jovem precisa ter a noção de que é o homem que domina a máquina e não contrário”, resume a psicóloga Tercia.

“A internet é uma ferramenta bárbara de comunicação”, afirma o pastor Paulo. “É rápida, eficiente e barata. A gente sabe de toda a beleza que ela tem, mas sabe também de toda preocupação que gira em torno dela.” Por isso, nessa rede, não dá para bobear. Equipe-se com o material de segurança (veja quadro) e navegue com precaução. Lembre-se: o acesso à web é livre, mas cabe a você escolher os melhores links para trilhar.

MANUAL DE SEGURANÇA

> Mantenha o computador em uma sala de uso comum da casa. Isso evitará que você se sinta “sozinho” e, portanto, livre para acessar certos sites. É autoproteção!
> Fiscalize seu próprio tempo de utilização do equipamento. Estabeleça limites.
> Evite navegar durante o sábado. Não deixe que a internet atrapalhe as horas de comunhão com Deus e as atividades na igreja.
> Não forneça sua senha para outras pessoas, conhecidas ou não.
Jamais revele informações pessoais como onde você mora, o número de seu telefone e onde é sua escola ou trabalho.
> Não envie fotografias suas ou de sua família para desconhecidos.
> Se for navegar em chats, escolha aqueles que sejam referendados.
> Não prossiga em diálogos que o façam sentir-se desconfortável ou que se tornem muito pessoais.
> Não marque encontros com alguém que você conheceu pela internet, a menos que tome todos os cuidados para que esse encontro seja seguro.
> Não aceite produtos ou oportunidades oferecidos pela web.
> Lembre-se que pessoas virtuais podem se passar por qualquer um, em qualquer lugar. Portanto, cuide-se.
> Tenha consciência de que o homem domina a máquina e não o contrário.
Consultoria: Psicóloga Tercia Barbalho

Sueli Ferreira de Oliveira e Fernando Torres são jornalistas

Questão de peso

Boa forma não é apenas estética

É tudo muito automático. Você chega em casa “morto” de fome e, em sete minutos, descongela uma lasanha no microondas. Para beber, um copo gigante de seu refrigerante preferido. Na seqüência, também saem do congelador direto para o microondas – essas caixas mágicas – uma pizza de chocolate, logo coberta com algumas bolas de sorvete. Você consome tudo isso, claro, sentado em uma confortável poltrona, assistindo a um programa qualquer na TV, daqueles feitos para dar sono logo após o término dessa “orgia gastronômica”. Graças à modernidade, hoje é mais fácil se alimentar. Que o digam aqueles universitários que moram sozinhos ou em repúblicas de estudantes. Não dá para negar que isso seja bom em termos de praticidade, mas há também muitas conseqüências negativas para sua saúde. Entre elas, a recente explosão de obesidade na adolescência, carregada para a vida adulta, e mais umas lista enorme de conseqüências devastadoras.

A obesidade, além de causar deformidades corporais de alto impacto estético, também provoca graves distúrbios metabólicos. Isso acontece, especialmente, quando a sua distribuição é central, concentrada nas vísceras do abdome e tórax. Essa gordura afeta diretamente o funcionamento de vários órgãos e pode motivar problemas cardíacos, arteriais e respiratórios. Isso sem falar nos transtornos de comportamento, como bulimia, anorexia e até mesmo depressão.

Há muitas medicações sendo desenvolvidas ou já largamente utilizadas no combate à obesidade. Mas, convenhamos, é muito melhor evitar que esses males apareçam. Se você levar em conta o preço dos remédios e seus efeitos colaterais, vai perceber que fazer a sua parte e escolher uma vida saudável não custa assim tão caro.

DICAS PARA MANTER UM CORPO EM FORMA

> Valorize cereais e vegetais crus à sua alimentação.
> Abuse das frutas no seu cardápio.
> Procure comer menos à noite. Como você consome menos energia, o organismo absorve mais calorias.
> Coma devagar. A sensação de saciedade será muito maior.
> Evite alimentos congelados e industrializados.
> Verifique os rótulos dos alimentos que você compra. Dê preferência àqueles que são isentos de gordura trans.
> Fuja de cafeinados e carnes, especialmente as vermelhas.
> Pra que falar do açúcar? Como ninguém é de ferro, permita-se pequenas fugas apenas aos fins de semana.
> Não coma para aliviar a ansiedade. E nunca, jamais, coma entre as refeições.
> Pratique exercícios regulares, ao menos três vezes por semana. Os aeróbicos (ciclismo, esteira, natação etc.) são os mais indicados para quem quer emagrecer.
> Mantenha uma postura física correta.
> Tenha momentos regulares de leitura e meditação.

Valéria Peixoto Meira é endocrinologista e autora do livro Sexualidade Plena (Casa)

Quem será contra nós?

O testemunho de quatro jovens catarinenses que decidiram continuar ao lado de Deus

Cursar uma faculdade pode ser um sonho possível para muitos jovens. Talvez, para um ou outro, nem sonho seja, dadas as viabilidades. Pois para um grupo de jovens da Serra Catarinense, além de sonho difícil de se alcançar, fazer o curso superior virou motivo de comoção social e grande prova de fé.

Joanita, Fernando, Márcia e Joel atuavam como professores da rede pública de Santa Catarina, no município de Rancho Queimado. Os quatro freqüentam a Igreja Adventista de Bom Retiro e, como irmãos, compartilhavam o desejo de cursar faculdade, a fim de se aperfeiçoar. Viam seus alunos prosseguindo os estudos, avançando para o curso superior e sentiam-se ficando “para trás”, sem futuro. Falta de vontade? Não mesmo. Morando a 100 km da faculdade mais próxima e trabalhando o dia todo, um curso noturno estava muito além da possibilidade deles.

Vizinhos e colegas de trabalho não ajudavam a diminuir a angústia que já era quase insuportável. Questionavam os motivos deles, a fé, tudo. Alguns cursos de graduação a distância até apareciam, mas se concentravam às sexta-feiras à noite e aos sábados pela manhã. Impossível – pelo menos se quisessem continuar respeitando os mandamentos de Deus. Oportunidade para transgredir, não faltava. Sem falar na pressão que o governo fazia para que os professores atuantes – eles, no caso – concluíssem o ensino superior.

Certo dia, a Universidade Estadual de Santa Catarina (Udesc) abriu um curso de graduação em Pedagogia à distância para os professores da rede pública. Seria a solução? Fácil, assim? Não era bem isso. Os alunos se reuniriam em salas especiais, com monitores, e uma vez por semana fariam os trabalhos e assistiriam às aulas. A cada mês um professor da universidade iria até os locais do curso para orientar a turma. Parecia que tudo se encaminhava. Os quatro jovens fizeram matrícula e se prepararam para a aula inaugural, que reuniria os 260 alunos do curso, em Florianópolis. Só que... a aula cairia num sábado.

A tristeza tomou conta até dos que não tinham nada a ver com a história. Foi comoção geral e, apesar de alguns sugerirem o fácil caminho da desobediência a Deus, humildemente os quatro professores se submeteram à vontade do Pai. Choraram muito, mas ficaram firmes. Corriam o risco de não poder fazer o curso, mais uma vez, por causa do sábado e da prestigiada aula inaugural. Desistir agora? De jeito nenhum!

As preces foram redobradas. Depois, marcaram um encontro com a secretária de Educação do município, responsável pela parceria com a Udesc. O bom testemunho do quarteto de mestres, somado à boa reputação da Igreja Adventista na região, colaboraram, certamente. Ela ficou de ajudar, de alguma forma, e conversar com o reitor. O jeito era orar mais ainda. Será que Deus agiria nesse caso? Mais: será que perceberiam a direção do Pai?

Na semana seguinte, as aulas foram transferidas de sábado para as quintas-feiras. Primeira resposta. A segunda viria em seguida. Na data marcada para irem até a Capital e acertar o cronograma de aulas e provas, descobriram que isso tudo também estava marcado para o sábado. E agora? Essa batalha estava cansando... Bom, conversar com o reitor? Mas de novo? Também existia o receio de passar uma imagem negativa da Igreja, da Lei de Deus e tudo o mais que esses pedidos envolvem. Mas “sê fiel até a morte e dar-te-ei a coroa da vida”, era um verso que animava.

Lá foram os quatro conversar com o reitor, explicar a situação e pedir a atuação dele no caso. O sonho de fazer a faculdade era acalentado havia tanto tempo... Será que ninguém ajudaria? Sim. O reitor os deixou despreocupados e foram para a sala onde receberiam as orientações. A fala do reitor na aula inaugural deixou os quatro boquiabertos.

– Senhoras e senhores do curso de Pedagogia, sejam bem-vindos à Universidade do Estado de Santa Catarina. [E depois de algumas explicações...] Como o curso é a distância, todos os alunos devem estar presentes às reuniões mensais com os professores, com exceção de quatro jovens adventistas, que estão matriculados e consideram estudar aos sábados trabalho laborioso, e, portanto, estão dispensados de todas as aulas aos sábados, durante os quatro anos de curso, sem prejuízo algum e se formando com a turma completa.

Sentados em seus lugares, os quatro não moviam um músculo sequer e era como se a respiração teimasse em não sair. Deus “gritou” em seus ouvidos. E o resultado não poderia deixar de ser contado. Com aulas e provas em dias diferenciados, eles se formaram no fim de 2003. A formatura chegou a ser alterada de sexta-feira à noite para o sábado à noite, a fim de não atrapalhar a observância do sábado pelos “alunos adventistas”.

A provação não foi fácil, mas a recompensa divina não tardou e o testemunho foi forte. E ainda tinha mais. No fim do curso, uma universidade procurou o grupo de formandos para propor pós-graduação na área. O curso seria às sextas-feiras à noite e aos sábados pela manhã. Mas os quatro adventistas não se preocupavam mais com isso. Os próprios colegas sugeriram que as aulas fossem aos domingos, e a universidade aceitou. Agora, graduados e pós-graduados, os jovens da Igreja de Bom Retiro dão testemunho da validade de sua fé.

Vale a pena confiar em Deus. Ele é justo e fiel.

Rodrigo e Fabiana Bertotti trabalham na Associação Sul-Paranaense da IASD

Força jovem

Um recurso ainda pouco utilizado para Deus


“Ninguém o despreze pelo fato de você ser jovem, mas seja um exemplo para os fiéis na palavra, no procedimento, no amor na fé, na pureza.” I Timóteo 4:12, NVI

A própria expressão “adventistas pioneiros” evoca imagens de pessoas de meia-idade e grisalhas. A realidade, porém, foi bem diferente. No princípio, nossa igreja foi moldada por jovens entusiastas, firmes, que não se intimidavam diante dos desafios, e que eram motivados por seu compromisso de servir a Deus, custasse o que custasse.

Pensemos no jovem Uriah Smith, de 23 anos, a quem foi confiada a responsabilidade de editar a revista Review and Herald (a atual Adventist Review). Lembremos de Ellen G. White, menina de saúde debilitada e com apenas 17 anos, quando recebeu de Deus a primeira visão. Pensemos em John Andrews, que com 26 anos desempenhava uma função importante registrando nossas crenças teológicas.

Hoje, o espírito de comprometimento com o inusitado se reflete na vida de milhares de jovens pioneiros da Missão Global, atuando nas vastas regiões inexploradas. A maioria desses pioneiros está com menos de 30 anos e trabalha em algumas das regiões mais difíceis, pregando a respeito de Jesus e estabelecendo novas congregações.

Em outros lugares, entretanto, a história é diferente. À medida que tenho conversado com jovens adventistas, percebo que grande parte deles se sente a certa distância da Igreja. Acham que não têm voz ativa, que não são ouvidos e que suas contribuições não são apreciadas.

Por outro lado, vejo potenciais tremendos a serem aproveitados em lideranças, jovens com idéias e com vigor. Percebo jovens profissionais – contabilistas, advogados, professores, doutores –, homens e mulheres com habilidades preciosas e imbuídos de profundo amor por sua igreja e forte desejo de ser úteis para Deus.

Como igreja, estamos incentivando os talentos de nossos jovens? Abrimos as portas para o envolvimento deles? Reconhecemos que Deus pode e empregará jovens com seus talentos para o avanço de Seu reino?

É bem verdade que a sabedoria alcançada através dos anos de experiência é de vital importância para a liderança da Igreja. Assim também são o entusiasmo, os novas maneiras de ver problemas antigos, o vigor, a perseverança. Quando jovens são convidados a participar na vida da Igreja e em sua liderança – e não apenas a estar presentes nas comissões, mas tomar decisões, indicar orientações, estar envolvidos – esses jovens trazem um elemento que causa o efeito da primeira chuva de primavera.

Como podemos incentivar mais a contribuição de nossos jovens? Imediatamente, duas coisas me vêm à mente: uma delas é a comunicação; a outra, aceitação. Esses conceitos estão interligados. Toma tempo e é necessário esforço para a comunicação – para ouvir com interesse o que alguém está dizendo e tentar compreender o intento e o sentimento do que está sendo dito.

Quanto à aceitação, que significado tem esse termo? Com freqüência somos abalados por essa palavra porque achamos que ela envolve a aceitação de determinada atitude ou conduta. Mas isso não é verdade. Eu sou pai. Amo, aceito meus filhos e isso nada tem que ver com aquela aceitação. Eu daria minha vida por eles.

Aceitar alguém, entretanto, não significa concordar automaticamente com todas as escolhas que essa pessoa faz. Aceitação significa estar preparado para olhar através do abismo que talvez esteja nos separando, tentar ver sob outra perspectiva e, então, transpor essa lacuna por meio da comunicação sincera.

Comunicação é um processo de duas vias. Preciso perguntar ao jovem: “Você está preparado para ser participante desse esforço de comunicação? Quanta disposição você tem para ouvir o que as pessoas da geração de mais idade têm a dizer? Está pronto a dispor de tempo e energia a fim de estender uma ponte por sobre o abismo da comunicação?”

Às vezes, o jovem olha com desprezo para o idoso, por parecer que ele pertence a um mundo fora da realidade, que não compreende as coisas que os jovens enfrentam. Por outro lado, o idoso pode olhar para o jovem e nele ver justamente alguém que se desviou em seus conceitos de valores.

Todos nós, jovens e idosos – e os que estão entre uma e outra fase –, precisamos agir a fim de reparar nossos relacionamentos e aprender a nos comunicar uns com os outros.

Quero desafiar cada líder de igreja, em cada nível, a que decida abrir espaço para uma participação maior dos jovens e dos novos profissionais – seja como dirigente da Escola Sabatina, membro da comissão da igreja, coordenador da música ou como membro de uma comissão executiva de Associação ou União. Ellen White nos aconselha: “Não se passe por alto a juventude; compartilhem eles do trabalho e da responsabilidade. Sintam caber-lhes uma parte a desempenhar no ajudar e beneficiar a outros.” – Testemunhos Para a Igreja, vol. 6, pág. 435.

A desagregação mínima não é o que pretendem os jovens. Eles procuram crescer em sua experiência no serviço para Deus. Buscam meios de expandir suas habilidades e contribuir de maneira real para a vida e para o avanço da Igreja.

Consideremos seriamente as palavras do apóstolo Paulo dirigidas ao seu jovem amigo Timóteo. Jamais olhemos com desprezo para nossos jovens, nem subestimemos seu compromisso para com Deus e com Sua igreja. Nunca venhamos a desdenhar do que eles podem realizar ou se tornar. Jamais lhes recusemos a oportunidade de aprender, crescer e ser úteis a Deus.

Jan Paulsen é o presidente da Associação Geral da Igreja Adventista do Sétimo Dia.

Fábulas do século 21

O Código Da Vinci, Evangelho de Judas, elo perdido... O ser humano continua fugindo da verdade e se agarrando em ilusões

O sucesso do filme “O Código Da Vinci”, a publicação do conteúdo do pergaminho conhecido como Evangelho de Judas e a descoberta de novos fósseis tidos como “elos perdidos” colocaram lenha na fogueira da discussão em torno da autoridade das Escrituras Sagradas. Será a Bíblia o único relato confiável sobre a vida de Jesus? E o Gênesis, estaria com a razão, quando o assunto é a origem da vida?

O CÓDIGO DA CONTROVÉRSIA

Talvez a melhor postura a se adotar com relação ao livro de Dan Brown, O Código Da Vinci (que inspirou o filme homônimo), fosse a do jornal L’Osservatore Romano, que resenhou o filme e colocou como título do texto “Muito barulho por nada”. A Folha de S. Paulo do dia 25 de maio, no artigo “Código do barulho”, sugere que tratar o livro e o filme de Brown como “uma ficção rocambolesca de segunda linha, confusa e inverossível” é o que se deve fazer para minar “a propagação de temas e interpretações indigestos”. Concordo. O problema é que tem muita gente assistindo ao filme e achando que é tudo verdade... Que Constantino inventou a divindade de Cristo no Concílio de Nicéia. Que foi esse concílio que determinou que livros deviam ser incluídos no Novo Testamento. Que Jesus casou com Maria Madalena e teve uma filha. Que uma organização secreta foi encarregada de preservar esse “segredo do Jesus verdadeiro”. E mais um bocado de outras “revelações”.

Brown, baseado em livros apócrifos gnósticos, sustenta que, após a crucifixão de Jesus, Maria e a filha deles, Sara, partiram para a Gália (França), onde teriam fundado a linhagem dos reis merovíngios. O autor diz ainda que essa dinastia perdura até hoje na misteriosa organização conhecida como Priorado de Sião, entidade secreta que tinha os Templários como braço militar. Há até a suposição de que Leonardo da Vinci, Isaac Newton e Victor Hugo tenham figurado entre os membros dessa organização. Tudo com uma base histórica firme como geléia.

Carlos Alberto di Franco lembrou, em julho de 2004, no jornal O Estado de S. Paulo, algumas críticas de respeitáveis jornais estrangeiros a respeito do livro de Brown: El Mundo chama-o de “um livro oportunista e pueril”; The New York Times, de “um insulto à inteligência”; Weekly Standard, de uma “mixórdia de narrativas inimagináveis”; The New York Daily News declara que o livro contém “erros crassos, que só não chocam um leitor muito ingênuo”. O problema é que há muitos leitores ingênuos. Milhões deles.

O Jornal do Brasil, do dia 16 de dezembro de 2004, publicou um artigo de Ives Gandra Martins. A certa altura, ele declara: “No mundo da informação comprovada e dos acessos às fontes, como admitir que se consiga desvendar um segredo não revelado – de 2 mil anos! – de que Cristo teve uma filha? Ou que nas vidas altamente investigadas de Boticelli, Leonardo da Vinci, Boyle, Newton, Victor Hugo, Debussy e Cocteau seus investigadores não descobriram que eles eram grandes mestres de uma fantástica sociedade secreta denominada Priorado de Sião, cuja função era guardar o segredo da filha de Jesus? Todos os historiadores do mundo não descobriram o que o oportunista Dan Brown descobriu em investigações cujas fontes é incapaz de citar. A história é pisoteada por alguém que, sem escrúpulos, mente deslavadamente, sobre tudo.”

Todo o problema vem dos chamados “evangelhos” gnósticos – pano de fundo da obra de Brown. Eles retratam Jesus como um espírito superior, mas afirmam que Ele era um homem como qualquer outro. E se Jesus foi um homem qualquer, qual o problema de ter-Se casado e ter tido filhos?

Uma rápida comparação entre os quatro evangelhos bíblicos e os apócrifos gnósticos mostra que entre eles há um abismo intransponível. O Evangelho de Tomé – outro dos livros gnósticos – afirma, por exemplo, que “quem não conheceu a si mesmo não conhece nada, mas quem se conheceu veio a conhecer simultaneamente a profundidade de todas as coisas”. E assegura que a salvação vem por meio do autoconhecimento, ou pela sabedoria, não pela fé. Confundindo a importância do autoconhecimento – num contexto freudiano – com salvação, mais e mais pessoas têm adotado esses livros não canônicos como sua Bíblia. Mas o conhecimento que salva, do qual fala a verdadeira Palavra de Deus, consiste em conhecer a Deus e a Jesus Cristo (ver João 17:3).

Pretender que os chamados “evangelhos” apócrifos tenham o mesmo peso e confiabilidade dos Evangelhos canônicos é desconhecer a história bíblica. Além de os apócrifos gnósticos terem sido escritos depois dos quatro evangelhos, Mateus, Marcos, Lucas e João são os únicos relatos que foram, ou escritos por testemunhas oculares da vida de Jesus, ou corroborados por elas. E é bom deixar claro que a igreja primitiva já aceitava a inspiração divina dos quatro evangelhos muito tempo antes de Constantino convocar o Concílio de Nicéia. Graças ao historiador Eusébio, sabe-se que 20 decretos foram promulgados em Nicéia. Nem um único diz respeito ao cânon.

Entre a ficção de Brown e a Bíblia, qual você escolhe?

INOCENTANDO O CULPADO

A revista National Geographic publicou um documento trazendo o que seria o ponto de vista de Judas Iscariotes sobre a crucificação de Cristo. O papiro de 31 páginas é conhecido como Evangelho Segundo Judas, e é datado entre os séculos 3 e 4. Segundo a imprensa, que divulgou bastante o assunto, acredita-se que o documento seja uma cópia de um original escrito por volta de 150 d.C.

De acordo com o doutor em Novo Testamento pela Andrews University e especialista em Novo Testamento, Origens Cristãs e Grego Bíblico, Wilson Paroschi, o Evangelho de Judas consiste numa composição feita por gnósticos cainitas, seita herética do início do cristianismo. “Essa heresia consistia numa estranha mistura de tradições cristãs, mitologia grega e religiões orientais”, explica ele. “Não é fácil descrever o gnosticismo em poucas palavras, mas em linhas gerais, os gnósticos rejeitavam o Deus do Antigo Testamento, como sendo uma espécie de deus inferior (demiurgo) e repleto de más intenções, e alimentavam sentimentos anti-semitas. Por causa disso, eles negavam o relato da Criação de Gênesis e adotavam em seu lugar uma teoria das origens muito complexa, caracterizada por conceitos extraídos principalmente da filosofia e mitologia gregas. O Evangelho de Judas, na verdade, apenas reflete as crenças desse grupo.”

A revista Época de 19 de fevereiro admite que, “como o Evangelho de Judas é muito posterior ao tempo em que os eventos teriam ocorrido, não se pode nem mesmo tentar buscar algo nele sobre a figura histórica de Judas”. Então, por que tanto falatório na mídia sobre o manuscrito? A National Geographic Society pagou algo em torno de um milhão e meio de dólares para poder divulgar o documento. E para tentar obter o retorno do investimento, criou uma trama sensacionalista, apresentando o tal evangelho como “o mais autêntico e confiável de todos”. Interesses puramente comerciais. “Quando olhamos para os evangelhos canônicos (Mateus, Marcos, Lucas, e João), vemos que todos eles, conquanto diferentes entre si, apresentam a vida e os ensinos do mesmo Jesus. Há unidade de pensamento e em todos eles o ponto central do evangelho é o sacrifício de Jesus. Esse é o verdadeiro evangelho – a história do Deus que Se fez homem e morreu como homem para a salvação da raça humana”, conclui Paroschi.

O NOVO “ELO PERDIDO”

O jornal O Globo, e em sua versão online de 6 de abril, publicou a matéria “O elo perdido dos pioneiros na terra”, com o subtítulo “Fóssil de peixe capaz de deixar a água é um duro golpe no criacionismo”. Mas será que é isso mesmo?

Numerosos esqueletos fossilizados de um peixe chamado Tiktaalik roseae foram encontrados no Canadá, a 960 quilômetros do Pólo Norte. A descoberta foi anunciada na revista Nature. Os esqueletos bastante conservados para sua idade indicam que o peixe chegava a quase três metros de comprimento e, para alguns cientistas, seria um animal de “transição”, por apresentar caraterísticas tidas como próprias de seres terrestres: barbatanas assemelhadas a membros e “estruturas primitivas” de tornozelos, cotovelos e ombros. O peixe também tinha a cabeça chata, semelhante à de um crocodilo, e pescoço, quadris e outras partes do corpo similares às de animais de quatro patas conhecidos como tetrápodes. O artigo da Nature diz que a criatura é claramente um elo entre os peixes e os vertebrados terrestres.

Para o pessoal da Sociedade Criacionista Brasileira (www.scb.org.br), rrata-se, na realidade, de um retorno às especulações análogas que foram feitas no século passado quanto a outro suposto elo encontrado (e posteriormente perdido novamente) entre peixes e animais terrestres, o famoso Celacanto. “Ao invés de apresentar informações consistentes a favor da tese evolutiva, o artigo apregoa que a descoberta (sobre a qual são dadas apenas escassas informações morfológicas) é vista pela ciência ‘como um forte golpe nos religiosos criacionistas’ que, ainda acrescenta, ‘pregam uma leitura literal da Bíblia sobre a origem e o desenvolvimento da vida’”, diz a SCB e artigo publicado em seu site.

O texto da Nature termina afirmando que os fósseis descobertos “são uma evidência concreta contra a crença criacionista de que não existiam fósseis de transição”. Na realidade, a existência de fósseis de transição é que constitui uma crença centenária dos evolucionistas, que desde Darwin não conseguiram encontrar nenhum que merecesse consistentemente ser assim considerado. Daí a propaganda enganosa desse artigo!

A mesma revista Nature divulgou precipitadamente, no início de 2003, o fóssil Microraptor gui como elo entre dinossauros e aves, posteriormente tendo que se retratar. Da mesma forma, a revista National Geographic teve que se retratar da divulgação precipitada do fóssil Archaeoraptor liaoningensis feita em fins de 1999, como elo entre dinossauros e aves.

Os cientistas que aceitam a estrutura conceitual evolucionista consideram o fóssil como “uma espécie de transição”. “Na realidade”, segundo a SCB, “a alternativa científica que não foi mencionada é a que já foi aceita de há muito com o estudo procedido a respeito do ornitorrinco – uma forma ‘mosaica’”. A esse respeito, leia o que cientistas criacionistas dizem sobre a questão “Formas-Mosaico” ou “Formas de Transição”:

“Na discussão sobre a possibilidade de formas evolutivas intermediárias, deve-se discernir cuidadosamente noções descritivas e interpretativas. Os seres vivos que reúnem características de diversos grupos são qualificados como formas-mosaico ou formas de transição. Estes conceitos devem ser entendidos como descritivos e não dizem nada sobre a relação de origem. Se as formas-mosaico forem interpretadas como de transição filogenética entre esses grupos, usamos o conceito de ‘elos de ligação’ ou ‘formas de transição’. As formas-mosaico como, por exemplo, a ‘ave’ primitiva (Archaeopteryx) não podem ser automaticamente avaliadas como formas evolutivas de transição; em muitos casos, isto nem sequer é possível (por exemplo, com o ornitorrinco).” – Evolução, Um Livro Texto Crítico, Reinhard Junker e Siegfried Scherer, SCB, Brasília, 2002.

Michelson Borges, eitor

Aventura na Estrada Real

Jovens testam seus limites em atividades radicais

No século 18, as expedições da Coroa Portuguesa cortavam Minas para levar, em lombos de mulas, as riquezas das Gerais até o Porto de Paraty, de onde seguiam em caravelas para enriquecer o reino de D. João V. Saíam de Diamantina – antiga Vila Rica –, passavam por Ouro Preto, Tiradentes, São João Del Rei, Itutinga, Carrancas, e iam recolhendo ouro e pedras preciosas pelo caminho da Estrada Real. E desde essa época não se via um grande evento que enriquecesse um reino.

Os jovens adventistas do sul de Minas corajosamente e contra todas as adversidades impostas pela organização do evento, participaram da Corrida de Aventura na Estrada Real, intitulada “Rumo ao Reino”. Foram quatro dias de ações sociais e duras provas de aventura que envolveram oito equipes no leito da Estrada Real, entre Itutinga e Carrancas, em meio a cenários maravilhosos e natureza preservada, nos dias 28, 29, 30 de abril e 1º de maio.

O confronto das equipes foi contra o relógio, na maioria das competições, e uma demonstração de regularidade – revezando canoas canadenses e bikes, o que veio acalmar um pouco os ânimos, no domingo à tarde.

Na prova de Navegação, as equipes cruzaram a Serra Ouro Grosso, orientando-se apenas com uma carta topográfica e bússola. No alto da serra houve um Posto de Controle (PC), para garantir que todos fizessem o percurso programado, mas nem todos os participantes encontraram o PC, o que custou um bom prejuízo na soma final de pontos.

Enquanto algumas equipes navegavam no Ouro Grosso, outras participavam de uma prova de bike, também de velocidade, cumprindo um trecho de 11 km, utilizando a planilha fornecida pelos organizadores.

Após a realização dessas provas, os competidores teriam que cumprir uma terceira etapa, ainda no período da manhã, remando e fazendo rapel. Cada equipe largava com seis atletas da Praia da Nadinha. Três se dirigiam correndo para a Garganta, um afunilamento do Rio Grande com um alto paredão de pedra, para descer de rapel dentro das canoas dos colegas de equipe. Outros três participantes iam até o local do rapel remando uma canoa cada um. Após realizada a operação, os atletas voltavam ao local da largada, remando, para a tomada de tempo. Foi um festival de canoas viradas. Quatro no total.

À tarde aconteceu o revezamento de canoas e bikes. Os participantes remaram desde a Fazenda Velha, às margens da Represa de Camargos, passaram sob a ponte da MG 451 e subiram pelo Ribeirão Fazenda Velha até a monumental Cachoeira do Raulino. Enquanto dois participantes remavam, outros dois pedalavam até a cachoeira. Quatro participantes de cada equipe iam de carro até a cachoeira e voltavam remando e pedalando. Mas tudo isso dentro de um tempo estipulado, cumprindo horário para atingir os PCs e utilizando planilhas.

E, para finalizar a “maratona”, um refrescante cascading – rapel em cachoeira – na Cachoeira das Andorinhas, mas só como recompensa. Sem competição, essa prova só teve que ser realizada, e mesmo assim, uma equipe não conseguiu fazer o rapel, perdendo pontos.

E como se não bastasse o domingo repleto, as equipes seguiram para Carrancas, para uma segunda-feira de novas atividades. O Centro de Orientação Serra do Lenheiro (Cosele), de São João Del Rei, organizou uma prova de orientação no complexo da Zilda em Carrancas. De manhã, as equipes tiveram que se orientar por um mapa e chegar aos PCs. Atravessaram rios, nadaram, andaram muito para picotar um cartão, e assim comprovar a passagem pelos locais. Os pontos ficaram espalhados pelas matas, trilhas e até em cachoeiras. À tarde, foi realizado o encerramento do evento na praça de Carrancas. Todas as equipes receberam um lindo troféu confeccionado em estanho maciço, representando o monumento da Estrada Real da praça da cidade. Venceu a Equipe Vermelha, de Cataguazes, que levou também o troféu itinerante do evento, um grande brasão esculpido em madeira.

A cidade de Carrancas tem ótima infra-estrutura para o turismo. O município abriga mais de 100 cachoeiras e oferece um leque muito grande de locais para o visitante. Itutinga, entretanto, está despontando para o ecoturismo com ênfase para o turismo de aventura, com infra-estrutura ainda um pouco acanhada e pouca visitação, conta com um hotel, duas pousadas e duas áreas de camping. Suas cinco serras, dois rios, duas represas, cachoeiras e corredeiras, proporcionam todo tipo de atividade esportiva de aventura. Tudo isso dentro de um verdadeiro santuário ecológico, com natureza preservada e sem as aglomerações causadas pela visitação em massa. Para saber mais sobre este paraíso, visite www.itutinga.tur.br

Paulo Gaia é jornalista

Bem-vindo à maioridade espiritual

O que o relacionamento íntimo com Deus pode fazer por você

Quem nunca sonhou em fazer 18 anos para ser independente? Independente para dirigir, para abrir uma conta no banco, para se casar. Como todo adolescente, eu também sonhava com esse dia. O que eu não imaginava é que esse seria também o marco da minha maioridade espiritual.

Tendo nascido num lar adventista, desde cedo aprendi a importância de orar e estudar a Bíblia. Todos os dias, sem exceção, falava com Deus antes das refeições e antes de dormir. E o estudo da Lição da Escola Sabatina também era sagrado – não perdia um dia sequer. Até cargo na igreja eu tinha aos 11 anos de idade. Sem falar nos concursos bíblicos... dificilmente alguém me superava. Para os irmãos da igreja, eu era a cristã perfeita. Para os adultos, a filha que todo pai gostaria de ter. Para os da minha idade, a “certinha”. Para mim, porém, uma adolescente vazia e infeliz.

Como muitos jovens de 18 anos, eu tinha lá meus problemas emocionais. Descobri, no entanto, que a solução não seria simplesmente fazer terapia, superar traumas ou mesmo encontrar o homem da minha vida. Teria que encontrar (ou reencontrar) o Senhor da minha vida! Mas dessa vez sem formalidades ou superficialidades. Não mais como obrigação, e sim como opção, como a solução para a crise existencial que vinha sugando minhas forças e minha vontade de viver.

Foi quando descobri a “hora tranqüila”. Seguindo o exemplo de Jesus, comecei a separar diariamente alguns minutos para abrir não apenas a Bíblia, mas minha alma perante Deus. No começo, não foi fácil, pois eu simplesmente não conseguia verbalizar meus sentimentos. Além disso, a linguagem da Bíblia e dos livros de Ellen White, que eu usava para aprofundar meu estudo, era um tanto complicada. E havia também outros empecilhos, como a preguiça, a falta de um lugar tranqüilo e a aparente falta de tempo, que o inimigo desesperadamente colocava à minha frente, na tentativa de me desviar do caminho que me levaria à fonte da felicidade.

Realmente, foi um longo processo, cheio de curvas e tombos, mas Deus não me desamparou. Lembro que, certa vez, em prantos e não vendo resultados rápidos e práticos, orei, e a resposta que Ele me deu foi: “Não tenha medo. Agüente firme e veja o livramento que o Senhor fará hoje para você” (ver Êxodo 14:13). Que promessa! Era tudo o que eu precisava, o suficiente para restaurar, naquele momento, a paz e a esperança em meu coração.

Depois daquela resposta, as coisas não mudaram de repente na minha vida, como um “passe de mágica”. Esse é um processo gradual. Hoje, por exemplo, ainda tenho momentos de tristeza e angústia. A diferença é que esses momentos estão se tornando cada dia mais passageiros e incapazes de destruir minha paz e alegria. E sabe por quê? Porque agora tenho uma experiência diária, verdadeira, íntima, vibrante e pessoal com Jesus!

Agora procuro prevenir em vez de remediar, fazendo minha hora tranqüila diariamente, porque sei que a “experiência de ontem não me salvará das provações de hoje” (Jim Hohnberger, Fuga Para Deus, pág. 60). Agora não fico escondendo de Deus os meus erros, porque finalmente O conheço e sei que posso abrir o coração a Ele como a um amigo (Caminho a Cristo, pág. 93). Agora não sou mais aquela cristã apática de antes, sem vontade de estudar a Bíblia, ir à igreja ou testemunhar, porque descobri um cristianismo vibrante e contagiante. Agora não me chamo cristã simplesmente porque herdei essa religião dos meus pais, mas porque descobri, por experiência própria, que a melhor escolha é seguir a Cristo.

A Palavra de Deus afirma: “Em vos converterdes e em sossegardes, está a vossa salvação; na tranqüilidade e na confiança a vossa força” (Isaías 30:15). Graças a Deus, muitos outros jovens também já estão praticando a hora tranqüila e desfrutando das mesmas bênçãos (veja os testemunhos a seguir). E você, o que está esperando?

O que a “hora tranqüila” faz por você

“Quando tenho meus momentos com Deus, o dia transcorre bem mais tranqüilamente. Parece que as decisões fluem e resisto melhor às tentações.” – Bruno Brunelli, 20 anos, São Paulo, SP

“É prazerosa a sensação de saber que Deus terá o controle do nosso dia. Algumas vezes, acordo triste por causa de algum problema, mas, ao ler os versos da Bíblia, me animo para começar um novo dia.” – Lara de Jesus Lima, 20 anos, Goiânia, GO

“Sinto que Deus sempre transmite forças nesse momento, antes de sair para qualquer atividade. Faço faculdade em uma cidade a 70 km, por isso tenho que acordar às 5h. Para mim, é essencial, antes de tudo, estudar a Palavra de Deus.” – Thiago dos Santos Aguiar, 23 anos, Formiga, MG

Como tudo começou

“Foi quando li O Desejado de Todas as Nações em um momento de dificuldade. Então, tive uma nova visão de Deus e do Seu amor. Comecei a vê-Lo como um amigo que me ama mais do que tudo e, a partir desse momento, criei esse hábito.” – Bruno Flavio Carmo Lopes, 21 anos, Brasília, DF

“Através de um amigo que me incentivou a ler o Espírito de Profecia junto com o Ano Bíblico. Então, comecei a levar mais a sério Mateus 6:33, que diz para buscarmos primeiro o reino de Deus e a Sua justiça.” – Denise Martins Machado, 24 anos, São Paulo, SP

“Começou depois de uma semana de oração. Percebi a necessidade de estar em comunhão com Deus e a cada dia me preparar para a volta de Cristo.” – Lara de Jesus Lima

Marily Sales dos Reis, tradutora